Carne de Vaca é o nome de um povoado no município de Goiana, litoral norte de Pernambuco. É aqui que fica a última praia do litoral norte pernambucano antes da divisa com a Paraíba.
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A origem do nome do lugar
Aparentemente, o nome do povoado não tem a ver com carne bovina. Nem sequer existe algum grande açougue ou matadouro na região.
Porém não existe certeza com relação ao motivo pelo qual o lugar se chama assim.
Dona Messina, esposa do dono da casa onde ficamos, disse que há pelo menos duas versões:
Uma delas diz que o nome desse lugar apareceu por causa de um holandês que fazia parte dos exércitos que dominaram vastas regiões do Nordeste entre 1630 e 1654.
O sujeito teria um nome meio “enrolado, que o povo do local não sabia dizer“. Era algo como “Karl (ou Klaus) Vagen” Seja como for, o povo teria apelidado esse holandês de “Carne de Vaca“, que se tornou então o nome do local.
A outra versão fala de uma árvore conhecida como Carne de Vaca, cuja madeira é avermelhada e lembra as carnes bovinas que se vê nos açougues.
Algum movimento, muita tranquilidade
É um lugar não muito movimentado, mesmo nas temporadas mais movimentadas de verão e férias escolares e no Carnaval.
Nesse período é comum vermos uma certa quantidade de visitantes que chegam com seus carros e estacionam no pátio da igreja.
Uma vez ou outra, ônibus de excursão vem com pessoas de outros locais, e eles páram num campo nas proximidades dos bares.
Acontece alguma movimentação a mais nas manhãs de domingo, no verão.
Lanchas ou Jet Skis não são muito comuns, nem sequer se formam tantas ondas, mesmo nas fases de maré mais alta.
O que se vê bastante, pelas tardes de maré baixa, principalmente, são casais e famílias andando pela areia úmida da praia.
Portanto, é um lugar para se descansar, curtir a natureza e tirar fotografias, se você é chegado a uns “cliques”. Se não, apenas acomode-se embaixo de uma sombra e relaxe. Esqueça um pouco a loucura do cotidiano.
Há outras praias no litoral norte de Pernambuco, como Igarassu e a Ilha de Itamaracá. Você pode visitá-las contratando o passeio pela TourOn, clicando aqui , você não paga nada a mais por isso e nós recebemos comissão por vendas, o que ajuda o nosso trabalho a se manter.
As colônias de pescadores
Aqui, como em inúmeras praias do vasto litoral brasileiro, há uma colônia de pescadores. Esse tipo de associação é uma espécie de sindicato.
Mas não só isso, os pescadores geralmente residem próximos uns dos outros com suas famílias e trabalham juntos, praticamente uma comunidade.
Há reuniões entre os membros e com representantes dos poderes públicos, para se discutir situações, exigir melhorias ou tentar resolver algum impasse.
Por isso, ao longo da praia, pode-se ver barcos das mais diversas cores e formatos.
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Há os barcos menores, onde não cabe muita gente e também não se pode ir tão longe da costa, por conta do movimento do mar, e os mais robustos e maiores: Esses sim avançam muitos e muitos quilômetros mar adentro.
Um grande barato é ficar na praia a observar os barcos menores durante a descida e subida da maré.
Quando o mar está no seu ponto mais seco, podemos ver barcos pequenos pousados na areia, ancorados e amarrados a umas estacas fincadas no solo ou virados para baixo.
Quando a maré enche, o movimento das águas vai levando os barcos de um lado pro outro. Às vezes, a gente tem a impressão de que eles vão virar.
As embarcações maiores que vão até o mar aberto levam os pescadores para missões que podem durar até alguns dias.
Eles colocam mantimentos e trocas de roupas, além de redes, varas, anzóis e outros equipamentos mais pesados.
Tudo para que as saídas até os mares mais afastados sejam feitas da forma mais segura possível, e que eles consigam trazer peixes e crustáceos de melhor qualidade.
Muitas vezes, eles vão até umas estruturas que os pescadores montam, são como que uns cercados para capturar peixes grandes, lagostas, grandes caranguejos e outros animais marinhos.
Opções de lazer, bares e demais atrativos em Carne de Vaca
Durante a tarde, já depois das 16 horas, quando o sol está um pouco mais ameno, podemos encontrar casais e famílias passeando pela beira-mar.
Pra quem gosta de tomar uma cervejinha, alguns bares ficam bastante movimentatos, com música que sai das caixas de som colocadas estrategicamente na parte externa desses locais.
Pela noite, o povoado tranquilo ainda guarda lembranças do tempo em que as televisões eram colocadas na praça, pra que todo mundo pudesse assistir às novelas e demais programas.
Mas o lugar onde ficava a televisão já foi desativado há tempos.
Na praça, o que vemos muito são jovens, meninos e meninas aproveitando os seus telefones para passarem o tempo usando redes sociais.
Há sorveterias, lanchonetes e bares de pequeno e médio porte.
A última praia antes da divisa entre Pernambuco e Paraíba, está a 69 quilômetros do Recife e a 93 de João Pessoa. O acesso se dá pela BR – 101.
Uma vila pequena, pessoas boas de papo… uma atmosfera de cidade de interior, só que com o mar bem pertinho.
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