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Mostrando postagens com o rótulo Recife

Praça Chora Menino - O Recife Mal assombrado

A Praça Chora Menino fica no bairro do Paissandu, Recife. O entorno é bastante urbanizado, com prédios residenciais e comerciais, avenidas e um volumoso tráfego de veículos. Mas nem sempre foi assim. Até o começo do século XX, essa região era um subúrbio da capital. Haviam sítios e muito terreno alagadiço, onde não tinha tanta urbanização. No entanto, o bairro foi palco de acontecimentos históricos, e, dizem muitos, sobrenaturais. Um dos primeiros projetos de Burle Marx A praça está entre as primeiras obras de paisagismo feitas no Recife por Roberto Burle Marx, quando ele ocupou o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, nos anos 1930. Foi um período em que o jovem Burle Marx comandou a organização de vários espaços públicos. O primeiro deles, em 1934, foi a Praça de Casa Forte. Um lugar de passagem O clima na praça é agradável, apesar do movimento constante de carros. Porém, não é um lugar onde o recifense vai com a família para p...

Histórias e personagens do bairro de Apipucos

Vamos conhecer hoje, no Reverso, o bairro de Apipucos. Visitaremos lugares históricos e emblemáticos, que ainda hoje conservam-se em pontos extremos da área mais densamente urbanizada da cidade do Recife. A Igreja que já foi capela de engenho Nossa primeira parada é na Igreja de Nossa Sra. das Dores. Ela fica numa elevação bem às margens da via principal, a Av. de Apipucos, que mesmo num dia de domingo já pelas 15 horas é bastante movimentada. O acesso se dá por uma rua onde encontramos umas fileiras de casas que são bastante tradicionais em todo esse setor do bairro. Não se sabe a data de construção do templo, mas ele está construído sobre outro mais antigo, que teria sido a capela do Engenho Apipucos, fundado em 1577. Não há vestígios da Casa Grande desse engenho, mas acredita-se que ela poderia estar do lado esquerdo da igreja. O templo primitivo foi praticamente destruído pelos holandeses em 1645. É curioso, pois eles também saquearam e destruíram várias igrejas em Olinda. Só que d...

Rua do Bom Jesus

A rua do Bom Jesus fica no bairro do Recife Antigo e é uma via importantíssima dentro do contexto histórico e cultural da capital pernambucana. Vamos conhecer sua história, além de alguns de seus pontos interessantes nesse passeio. Essa rua tem seus primórdios no começo do século XVII, quando os holandeses tomaram Pernambuco. Os navios flamengos que chegaram pela praia entre Igarassu e Paulista, conquistaram Olinda e voltaram seus olhos pra uns armazéns dos portugueses. Essa localidade era nada menos do que o atual bairro do Recife; que, no entanto, não passava de uma vila de pescadores onde havia um pequeno porto. Esse local em nada lembrava o lugar que anos depois, se tornaria a capital do estado de Pernambuco. Os holandeses chegaram! Incêndio em Olinda! Depois da captura desse porto, os holandeses começaram a organizar o espaço em que iriam habitar e trabalhar. Assim, fizeram obras que incluíam a construção de uma muralha em volta do povoado, com alguns lugares específicos (as chama...

Tortura Nunca Mais

Hoje nós finalizamos o passeio pela parte norte da Rua da Aurora, numa parada na Praça Pe. Henrique, onde vemos o monumento Tortura Nunca Mais. Um projeto para revitalizar a rua No início dos anos 1990, a prefeitura da cidade do Recife pretendia revitalizar uma área da Rua da Aurora que praticamente não tinha movimento. Surgiu então a ideia de se fazer uma praça com um monumento em memória dos mortos e os desaparecidos da época do regime militar. Um concurso foi feito e a proposta vencedora foi a do artista plástico piauiense, hoje radicado em Olinda, Demétrio Albuquerque. Leia também no Reverso: O Marco Zero do Recife e as origens da capital pernambucana A Casa da Cultura do Recife Em 27 de agosto de 1993 aconteceu a cerimônia de inauguração do Memorial Tortura Nunca Mais, onde participaram várias representantes do poder público e da sociedade. Esse foi o primeiro memorial construído em praça pública em homenagem aos presos e desaparecidos políticos mortos no Brasil. Várias homenagens...

Antes do Futebol, o Remo

Houve uma época em Recife, assim como na maior parte das grandes cidades brasileiras, em que o Remo foi mais popular do que o futebol. Sim, isso parece impensável hoje em dia, mas já foi uma realidade. E a Rua da Aurora faz parte dessa história. Como surgiu o Remo em Recife A modalidade era praticada desde a segunda metade do século XIX por rapazes que vinham principalmente da Inglaterra com os barcos. A Aurora do Recife Jaqueira e Futebol As regatas eram disputadas entre eles, tudo muito por entretenimento mesmo, não existiam clubes, muito menos calendário de competições. Em 1885 é que aparece o Club de Regatas Pernambucano, que promove as primeiras provas no ano seguinte. Agremiações e as competições Logo em seguida, apareceram as agremiações de Remo do Recife e muitas delas estabeleceram suas sedes na rua às margens do Capibaribe. Quase todas passaram uns poucos anos, apenas um clube ainda mantém atividades por lá: O Clube Náutico Capibaribe. O Almirante Barroso ( que mantém a grafi...

O Parque da Jaqueira e os primórdios do futebol em Pernambuco

Parque da Jaqueira: ele fica no bairro de mesmo nome, na zona norte do Recife. Um lugar que tem seus primeiros registros no século XVII, pois foi cenário de combates entre os luso-brasileiros e os holandeses que tentavam capturar o forte no Arraial Velho do Bom Jesus. Antes de existir o parque No ano de 1766, o capitão Henrique Martins, proprietário de um sítio no local, mandou construir uma capela dedicada a Nsa. Senhora da Conceição. O templo ainda está em funcionamento, com missas e outras celebrações. Em frente à capela está um pequeno jardim projetado por Burle Marx. Arraial Velho do Bom Jesus Jardins de Burle Marx Em 1984 a área foi concedida à Prefeitura do Recife, que implantou essa grande área de lazer de 70 mil m². O espaço tornou-se rapidamente um ponto bastante procurado para caminhadas, corridas de bicicletas e, ocasionalmente, eventos culturais. Nos fins de semana, fica cheio de gente. Famílias trazendo suas crianças, muitas delas ainda pequenas, pra curtir ...